Vitória Histórica: STF Reconhece por Unanimidade o Racismo Estrutural e Exige Plano de Ação do Governo

O dia 18 de dezembro de 2025 ficará marcado na história da luta antirracista brasileira. Em uma decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu oficialmente a existência de racismo estrutural no Brasil e a ocorrência de violações graves e sistemáticas aos direitos da população negra.

Esta decisão não é apenas um reconhecimento jurídico; é a validação do grito que o Movimento Negro, a Educafro e tantas outras entidades vêm dando há séculos. O Estado brasileiro, enfim, admite que falhou.

O Que Foi Decidido

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Anistia Não: EDUCAFRO Pressiona Moraes após Voto de Zanin e Denuncia Desvio de Verbas do Povo Negro por Partidos de Esquerda e Direita

A EDUCAFRO Brasil vem a público manifestar sua profunda indignação e susto com o cenário político atual. Enquanto entidade comprometida com a justiça social e a equidade racial, observamos um uso abusivo e hipócrita dos direitos do povo afro-brasileiro por parte das principais legendas partidárias do país.

A realidade nua e crua é que a população negra está encurralada entre dois descasos: a Direita, que além de não propor avanços, atua para cortar os poucos direitos conquistados; e a Esquerda, que, embora seja a única a fazer algo, não entrega sequer 10% do que o negro tem direito.

Nós somos 55% da população brasileira. Não aceitamos políticas de "boa intenção" mas de pouca abrangência. Queremos 100% dos nossos direitos efetivados. Fazer política séria não é dar migalhas.

A Traição das Verbas Eleitorais: PT em Segundo Lugar no Desvio

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Da Cela à Cidadania: Um Plano de Emergência Contra o Encarceramento em Massa e Pela Ressocialização da População Negra

Não podemos mais aceitar o sistema prisional brasileiro como um "depósito de gente". Para a população negra, o cárcere não é apenas uma punição; é uma máquina de moer futuros, desestruturar famílias e perpetuar a pobreza. O diagnóstico já foi feito: vivemos um Estado de Coisas Inconstitucional. Agora, precisamos passar da denúncia para a ação tática.

Apresentamos abaixo uma estratégia para garantir que a lei saia do papel e que a dignidade negra seja respeitada, dentro e fora das grades.


1. O Mapa das Violações: O Que Está Sendo Quebrado?

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UERJ e a Memória das Cotas: Uma Disputa entre a Lei e a Implementação

O Estado do Rio de Janeiro foi pioneiro na implementação de ações afirmativas no ensino superior brasileiro. No entanto, a construção dessa história não foi linear e nem pacífica. Existe hoje uma disputa sobre a memória e o marco temporal dessa conquista: devemos celebrar a legislação que criou o direito (2000/2001) ou apenas o momento em que a universidade finalmente aceitou aplicá-lo (2003)?

A Educafro Brasil defende que ignorar os anos de luta legislativa e a resistência institucional inicial é uma forma de apagamento histórico.

 

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A Farda que Mata Tem Cor: O Estado Brasileiro Precisa Parar de Executar a Juventude Negra

Não estamos aqui para lamentar em silêncio. O luto, para o povo negro, sempre foi verbo de ação. Hoje, a Educafro Brasil convoca toda a sociedade, especialmente a juventude negra e as organizações de direitos humanos, para encarar de frente uma realidade que não é acidente, mas projeto: o genocídio institucionalizado praticado pelas forças de segurança do Estado.

Os dados recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e relatórios de institutos independentes desenham um cenário de guerra onde o inimigo declarado é o corpo negro. Sob a justificativa do "combate ao crime", o Estado brasileiro arrogou para si um poder que não lhe pertence: o de julgar, condenar e executar a pena de morte nas vielas e periferias, sem tribunal, sem defesa e sem consequência.

O Mapa da Barbárie: São Paulo como Laboratório da Morte

O estado de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas e do secretário Guilherme Derrite, tornou-se o epicentro dessa escalada de violência. Os números são uma afronta à dignidade humana:

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Do Grito das Ruas à Ação no Supremo: O Estado Brasileiro no Banco dos Réus pelo Genocídio de Mulheres Negras

Por uma advocacia de ruptura: quando a inércia estatal se converte em genocídio institucional


I. Introdução: O Levante das "Mulheres Vivas"

No último final de semana, o basta ecoou em todo o território nacional. Motivadas por uma sequência chocante de brutalidade, mulheres de todos os estados ocuparam as ruas no domingo, 7 de dezembro, sob o lema "Mulheres Vivas". Do vão do Masp em São Paulo ao Posto 5 em Copacabana, passando por Brasília, Manaus e Porto Alegre, o grito foi unificado: queremos viver.

Como alertou a deputada Sâmia Bonfim, uma das articuladoras do movimento: "Nós não aguentamos mais. Vimos casos atrás de casos de feminicídio, violência sexual, espancamento. Chega!".

A mobilização popular expôs a urgência. Agora, cabe à sociedade civil organizada transformar essa indignação em ação jurídica estrutural. O Brasil ultrapassou a marca de 1.000 feminicídios registrados em 2025, e a resposta do Estado não pode mais ser apenas retórica.


II. A Barbárie em Números e Nomes

Os atos do dia 7 de dezembro não ocorreram no vácuo. Eles foram uma resposta direta ao horror dos últimos dias, onde o Estado falhou em proteger vidas que pediam socorro. Em um intervalo de apenas 72 horas, o país assistiu atônito:

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O Voto de Zanin e a Cegueira Seletiva: Por Que a Anistia aos Partidos é um Golpe na Democracia Racial?

O Supremo Tribunal Federal está, neste momento, decidindo o futuro da representatividade política no Brasil. E o sinal dado pelo relator, Ministro Cristiano Zanin, é alarmante. Ao votar pela validação da anistia a partidos políticos que descumpriram a cota mínima de recursos para candidaturas negras e de mulheres, Zanin não apenas profere um voto técnico; ele revela uma postura jurídica que, sob o manto da "estabilidade institucional", sacrifica a reparação histórica.

O Perfil de Zanin: Legalismo x Realidade Social

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30 Anos de Litigância Estratégica: Onde Estão e Quais os Impactos das Ações da Educafro no STF

A história do movimento negro brasileiro nas últimas décadas não foi escrita apenas com suor e protesto nas ruas, mas também com a tinta da caneta nos tribunais. A Educafro Brasil, sob a liderança de Frei David Santos, compreendeu cedo que a "" – o uso do sistema judicial para provocar mudanças sociais profundas – era uma ferramenta indispensável.

Fomos ao Supremo Tribunal Federal (STF) não para pedir favores, mas para exigir o cumprimento da Constituição. Hoje, apresentamos um balanço institucional das principais ações que patrocinamos ou nas quais atuamos como Amicus Curiae (Amigos da Corte), e como elas mudaram a vida de milhões de brasileiros.

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Brasil, 10 de dezembro de 2025 - *Dia Internacional dos Direitos Humanos*

EXCELENTÍSSIMO GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, JORGINHO MELLO

Assunto: INCONSTITUCIONALIDADE do Projeto de Lei (PL) nº 753/2025

A Educafro Brasil, instituição há quase 50 anos, comprometida com a promoção
da igualdade de oportunidades e o acesso à educação para grupos historicamente
marginalizados, dirige-se a Vossa Excelência para alertar sobre a TOTAL
INCONSTITUCIONALIDADE do projeto acima.

Requeremos que vete integralmente o Projeto de Lei (PL) nº 753/2025,
recentemente aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) e
assim, seu Governo fica classificado como respeitador das Leis Nacionais e
Internacionais.

Com efeito, o referido projeto, ao vedar a adoção de cotas étnicas e outras ações
afirmativas em instituições de ensino superior públicas ou que recebam verbas públicas

 

Clique abaixo para ler a carta integralmente:

👉🏾 CARTA ABERTA AO GOVERNADOR DE SANTA CATARINA pdf -_251212_134412

 

no âmbito estadual, ignora compromissos jurídicos do Estado Brasileiro em relação ao
conjunto de sua população

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Dezembro de 2025: O Mês em que a Conta Chegou para o Racismo e a Fraude

Se novembro é o mês da nossa Consciência, dezembro de 2025 está se consolidando como o mês da Cobrança e da Justiça. Nas últimas semanas, o noticiário nacional foi tomado por decisões e ações que sinalizam uma virada de chave na luta antirracista no Brasil. Não estamos mais apenas pedindo respeito; estamos exigindo reparação, ocupando espaços de poder e fazendo doer no bolso de quem tenta nos enganar ou nos eliminar.

Para a comunidade negra, três fatos recentes desenham o mapa da batalha para 2026. Analisamos aqui o que eles significam e para onde precisamos avançar.

1. O Fim da Impunidade nas Cotas: A Lição de R$ 720 Mil

A notícia mais impactante deste início de dezembro veio da Justiça Federal do Rio de Janeiro. A condenação de uma médica a pagar R$ 720 mil por fraudar o sistema de cotas da Unirio é pedagógica e histórica.

Por que isso muda nossa vida? Até ontem, fraudadores de cotas contavam com a morosidade da justiça e com a ideia de que o "fato consumado" (ter se formado) garantiria a impunidade. Esta decisão explode essa lógica. Ela diz ao mercado: fraudar sua raça para roubar a vaga de um jovem negro pobre custará sua fortuna e sua reputação. Para avançar, precisamos usar este precedente para auditar todos os concursos e vestibulares dos últimos dez anos. A fiscalização deve ser implacável.

2. O Racismo Corporativo no Banco dos Réus: O Caso Itaú

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