Racismo no Brasil: Os Números Chocam, a Luta Urge! os casos de racismo na Paraíba aumentaram quase 390% em apenas um ano!

 

 

O racismo não é uma questão do passado. Ele é uma realidade brutal que se manifesta diariamente e, chocantemente, os números comprovam sua escalada. Dados recentes do 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados em 24 de julho de 2025, revelam uma verdade incômoda: os casos de racismo na Paraíba aumentaram quase 390% em apenas um ano!

Esse salto assustador – de 13 registros em 2023 para 64 em 2024 – faz da Paraíba o estado com o maior crescimento proporcional de casos de racismo no Brasil. A injúria racial, que é quando a agressão atinge o indivíduo, também disparou: de 121 para 199 registros no mesmo período, um aumento de 63,6%.

Mas não é só a Paraíba que sofre. A média nacional também reflete essa triste tendência:

  • Casos de racismo (contra a coletividade): Aumentaram de 14.919 em 2023 para 18.923 em 2024.
  • Casos de injúria racial (contra o indivíduo): Saltaram de 12.813 para 18.200 no mesmo período.

Esses números não são apenas estatísticas; são a prova dolorosa de um racismo que persiste, se reinventa e exige nossa atenção e ação imediata.


 

Racismo e Injúria Racial: Entendendo a Diferença para Lutar Melhor

 


É fundamental entender a diferença entre esses dois crimes para compreendermos a dimensão do problema:

  • Racismo (Lei nº 7.716/1989): É quando a discriminação atinge um grupo ou coletividade por sua raça, cor, etnia, religião ou origem. Por exemplo, impedir que pessoas negras acessem um local, um emprego ou um serviço. A pena é de 1 a 3 anos de prisão e, por ser inafiançável e imprescritível (não tem prazo para a punição acabar), é considerado um crime mais grave.
  • Injúria Racial (Código Penal): Ocorre quando há o uso de palavras ou gestos depreciativos com a intenção de ofender a honra de uma pessoa individualmente por sua raça ou cor. A pena também é de 1 a 3 anos, mas, diferentemente do racismo, permite fiança e o crime pode prescrever.

Essa distinção legal é crucial, pois muitas vezes o racismo velado ou "recreativo" é enquadrado como injúria, diminuindo a gravidade do ato e, consequentemente, a punição.


 

Um Paralelo entre os Dados: A Ferida da Impunidade no Judiciário

 


Os números crescentes de casos de racismo e injúria racial ganham um tom ainda mais sombrio quando os cruzamos com outra realidade que a Educafro Brasil tem denunciado incansavelmente: a impunidade de racistas no próprio sistema de justiça.

Como destacamos em artigos anteriores, baseados em levantamentos de 2020 do Brasil de Fato: em 10 anos, NENHUM juiz havia sido punido por racismo em processos abertos no CNJ. Casos como o da juíza Inês Marchalek Zarpelon, que associou a raça de um suspeito ao crime, ou o da juíza Lissandra Reis Ceccon, que afirmou que um réu não tinha "estereótipo de bandido" por ter "pele, olhos e cabelos claros", foram arquivados ou tiveram desfechos brandos.

Esses exemplos escancaram o que pensadores como Silvio Almeida, autor de "Racismo Estrutural", nos alertam: o racismo não é apenas um ato isolado de preconceito, mas uma parte intrínseca das estruturas da nossa sociedade, incluindo o Judiciário. A "naturalização" do racismo, como bem apontou Sheila Carvalho, da OAB-SP em 2020, impede que o sistema se enxergue como racista e, consequentemente, dificulta a punição.

A impunidade, como salienta o advogado e professor Thiago Amparo, gera a subnotificação das denúncias. Se a vítima não acredita que haverá uma investigação séria e uma punição justa, a tendência é que ela nem sequer denuncie.


 

Demografia, História e Sociologia: A Raiz do Problema

 


O Brasil é um país com uma das maiores populações negras fora da África, reflexo de séculos de escravidão. Essa herança histórica deixou marcas profundas, construindo uma sociedade onde o acesso à educação, saúde, moradia e justiça é drasticamente desigual.

  • Abolição Incompleta: Como bem lembra Abdias do Nascimento, um dos maiores pensadores negros brasileiros, a abolição da escravidão em 1888 foi "incompleta", não veio acompanhada de políticas de inclusão social e econômica para a população negra. Isso resultou na marginalização e na perpetuação de estereótipos racistas.
  • Hierarquia Racial: A socióloga Lélia Gonzalez nos ensinou sobre a construção de uma hierarquia racial no Brasil, onde a negritude é desvalorizada e associada a estereótipos negativos, enquanto a branquitude é vista como padrão.
  • O Mito da Democracia Racial: Durante muito tempo, o Brasil se escondeu atrás do mito de uma "democracia racial", que mascarava as profundas desigualdades e violências sofridas pela população negra. Pensadores como Florestan Fernandes, em sua obra "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", desmistificaram essa ideia, mostrando que a discriminação persistia.

Esses elementos históricos e sociológicos são a base para entender por que, mesmo com leis de combate ao racismo, os casos aumentam e a punição é tão rara, especialmente no Judiciário, um pilar da estrutura social.


 

A Luta por Justiça: Vozes Que Inspiram

 


Diante desse cenário, a luta por justiça racial se torna mais urgente do que nunca. Vozes potentes, nacionais e internacionais, nos guiam nessa jornada:

  • No Brasil:
    • Conceição Evaristo: Com sua "escrevivência", nos mostra a força e a resiliência do povo negro, denunciando as injustiças sociais.
    • Djamila Ribeiro: Em "Pequeno Manual Antirracista", oferece ferramentas para o combate diário ao racismo, convidando a todos para a reflexão e a ação.
    • Sueli Carneiro: Uma das maiores intelectuais negras do Brasil, tem desvendado as complexidades do racismo e do machismo no país, apontando caminhos para a libertação.
    • Ailton Krenak: Pensador indígena que nos convida a repensar nossa relação com o mundo e a combater todas as formas de opressão.
  • No Mundo:
    • Angela Davis: Com sua análise sobre raça, gênero e classe, nos inspira a lutar por um mundo mais justo, onde a liberdade seja para todos.
    • bell hooks: Pensadora que abordou a interseccionalidade das opressões, mostrando como raça, gênero e classe se entrelaçam.
    • Ta-Nehisi Coates: Em "Entre o Mundo e Eu", oferece uma poderosa reflexão sobre a experiência negra nos Estados Unidos e a persistência do racismo.

 

Educafro Brasil: Na Frente de Batalha!

 


Na Educafro Brasil, compreendemos que o combate ao racismo é multifacetado. Não basta apenas combater a discriminação no dia a dia; é preciso atuar na base, garantindo o acesso à educação e cobrando que o sistema de justiça seja, de fato, justo e equitativo.

Os dados de 2024/2025 são um chamado à ação. Precisamos fortalecer a denúncia, exigir que as leis sejam cumpridas e que os racistas sejam punidos, independentemente de sua posição social. É crucial que o Poder Judiciário reflita a diversidade da população brasileira e que seus membros estejam comprometidos com a erradicação do racismo em todas as suas formas.

A Educafro Brasil segue na linha de frente, construindo pontes para a educação e levantando a voz contra toda e qualquer forma de racismo e impunidade. Junte-se a nós nessa luta! A justiça que queremos e merecemos só será alcançada com a participação e o engajamento de todos.


Referências para aprofundamento:

  • Livros: "Racismo Estrutural" (Silvio Almeida), "O que é racismo recreativo?" (Adilson Moreira), "Pequeno Manual Antirracista" (Djamila Ribeiro), "Quarto de Despejo" (Carolina Maria de Jesus), "Olhos d'Água" (Conceição Evaristo).
  • Relatórios e Anuários: 19º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), "Justiça em Números" (CNJ), "Diagnóstico Étnico-Racial no Poder Judiciário" (CNJ).
  • Artigos e Entrevistas: Busque por artigos e entrevistas com os pensadores mencionados (Silvio Almeida, Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro, Thiago Amparo, Sheila Carvalho, Angela Davis, bell hooks) em portais de notícias e acadêmicos.
  • Instituições: Acompanhe o trabalho do CNJ, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Coalizão Negra Por Direitos, Geledés - Instituto da Mulher Negra, e outras organizações antirracistas.

RACISMO NO JUDICIÁRIO: A TRISTE REALIDADE QUE NINGUÉM PUNE!

 

 

Você sabia que, em mais de 10 anos, NENHUM juiz foi punido por racismo em processos abertos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ)? Pois é, enquanto a população negra ainda é a maior vítima da violência e da desigualdade em nosso país, quem deveria garantir a justiça parece "fazer vista grossa" para atos racistas dentro dos tribunais.

Essa é a dura realidade revelada por um levantamento do Brasil de Fato, divulgado em 25 de setembro de 2020, que analisou dados do próprio CNJ. De 2010 a agosto de 2020, o CNJ recebeu nove denúncias de posturas racistas de juízes em suas decisões. E o que aconteceu com elas? Seis foram arquivadas, duas suspensas e apenas uma ainda estava em tramitação!

 

Casos de Arrepiar: Quando a Cor da Pele Vira "Prova" de Crime

 

A matéria de 2020 trouxe exemplos revoltantes que mostram como o racismo opera de forma explícita e descarada:

  • O caso da juíza Inês Marchalek Zarpelon: Em junho de 2020, ela afirmou em uma sentença que um suspeito praticava crimes "em razão da sua raça", ou seja, por ser negro! Esse caso foi denunciado três vezes no CNJ, mas até agosto de 2020, dois processos estavam suspensos e o terceiro ainda tramitava.
  • A juíza Lissandra Reis Ceccon e o "estereótipo de bandido": Em 2016, ao condenar um réu a 30 anos de prisão, ela destacou na sentença que o homem "não possui o estereótipo padrão de bandido, possui pele, olhos e cabelos claros, não estando sujeito a ser facilmente confundido". Isso mesmo que você leu! O CNJ, em 2019, arquivou a denúncia contra ela, alegando que não houve "intuito ofensivo nem preconceituoso".

 

O Que Dizem os Especialistas?

 

A impunidade nesses casos choca especialistas. Thiago Amparo, advogado e professor da FGV, era direto na época: "Está muito evidente a violação ética, dentro das regras da Magistratura, quando a raça de uma pessoa está associada ao cometimento de crime." Para ele, o Judiciário não punia crimes de racismo porque não percebia o "intuito ofensivo", o que é um absurdo.

Sheila Carvalho, coordenadora da OAB-SP, ia além: "Nós temos um judiciário extremamente racista, mas que não se enxerga como racista. Isso é muito grave." Ela apontava para uma "naturalização" do racismo em todo o sistema jurídico brasileiro.

 

A Subnotificação e a "Sensação de Impunidade"

 

Com quase 20 mil juízes no Brasil (dado de 2020) e milhões de sentenças por ano, o número tão baixo de denúncias de racismo era um alerta. Thiago Amparo explicava que era um caso de subnotificação, pois havia uma "sensação de impunidade" que desestimulava as pessoas a denunciar. Afinal, para que denunciar se não vai dar em nada?

 

Dados de 2024/2025: A Luta Persiste, Mas a Punição Ainda é um Desafio!

 

As informações do artigo de 2020, infelizmente, continuam a ecoar na realidade brasileira. Embora o CNJ tenha avançado na criação de ferramentas de monitoramento e protocolos para julgamento com perspectiva racial, a efetividade na punição de magistrados por condutas racistas ainda é um ponto crítico.

Confira os dados mais recentes:

  • Baixa Representatividade Negra na Magistratura: A pesquisa "Justiça em Números 2024" do CNJ, divulgada em maio deste ano, revela que apenas 13,6% dos magistrados brasileiros se autodeclaram pretos ou pardos. Essa é uma queda em relação aos 14,5% registrados no ano anterior, mostrando que a magistratura continua sendo predominantemente branca (79,9%). Em fevereiro de 2025, o dado atualizado era ainda menor: 13,2% de negros e negras na magistratura.
  • Aumento dos Processos por Racismo: O Brasil registrou 5.552 processos criminais relacionados a racismo em 2024, o maior número da série histórica iniciada em 2020, representando um aumento de 64% em comparação com 2023. Essa é uma clara indicação de que o problema está sendo mais denunciado, mas a questão da punição dos magistrados persiste.
  • Novos Painéis de Monitoramento, mas desafios na Punição: O CNJ lançou, em novembro de 2024, um painel para acompanhamento de processos sobre crimes de racismo em todo o país, que já mostrava 11.620 processos em tramitação. Essa ferramenta é um avanço na transparência e no monitoramento, mas a efetividade da punição é o ponto central. Representantes do CNJ, em abril de 2025, ainda afirmavam que "combater o racismo exige identificar e nomear o problema", o que indica que a "naturalização" do racismo no sistema jurídico ainda é uma barreira a ser quebrada.

 

A Luta por uma Justiça Justa e Antirracista Continua!

 

Essa matéria, de 2020, e os dados atuais nos lembram de um problema persistente. A Educafro Brasil segue na linha de frente, denunciando o racismo e lutando por uma justiça verdadeiramente justa para o povo negro. O conhecimento é uma arma poderosa nessa batalha. Não basta criar observatórios e regulamentar cotas se os atos racistas continuam impunes e os operadores do direito não se enxergam como parte do problema.


 

Para se Aprofundar e Fortalecer sua Luta:

 


Aqui estão algumas sugestões de materiais que podem te ajudar a entender melhor o racismo no Brasil e no sistema de justiça:

Livros:

  • "Racismo Estrutural" - Silvio Almeida: Uma obra fundamental para entender como o racismo se manifesta nas estruturas da sociedade.
  • "O que é racismo recreativo?" - Adilson Moreira: Analisa o racismo mascarado de "piada" e suas consequências.
  • "Pequeno Manual Antirracista" - Djamila Ribeiro: Um guia acessível para entender e combater o racismo no dia a dia.
  • "No seu pescoço" - Chimamanda Ngozi Adichie: Contos que abordam questões de raça e identidade.
  • "Torto Arado" - Itamar Vieira Junior: Romance que expõe as relações raciais e sociais no Brasil rural.

Artigos e Relatórios:

  • "Diagnóstico Étnico-Racial no Poder Judiciário" (CNJ): Busque as edições mais recentes deste diagnóstico para dados atualizados sobre a participação de pessoas negras no Judiciário.
  • "Características do racismo estrutural (re)produzido no Sistema de Justiça" (CNJ): Este relatório de 2020 é a base do nosso artigo e oferece uma análise aprofundada.
  • Artigos da Agência Pública, Brasil de Fato, The Intercept Brasil: Essas mídias costumam publicar investigações aprofundadas sobre racismo e direitos humanos.

Vídeos e Documentários:

  • "A Lei do Outro" (Globoplay): Documentário que aborda as leis e a justiça no Brasil sob a perspectiva racial.
  • Canal do CNJ no YouTube: O CNJ frequentemente realiza seminários e debates sobre a equidade racial no Judiciário. Busque por "Protocolo para Julgamento com Perspectiva Racial" e "Seminário de Pesquisas Empíricas Aplicadas às Políticas Judiciárias".
  • Palestras e entrevistas de Conceição Evaristo, Sueli Carneiro, Ailton Krenak: Disponíveis no YouTube, trazem visões valiosas sobre a questão racial.
  • TED Talks sobre racismo e justiça: Busque por pesquisadores e ativistas negros.

Instituições e Plataformas para Acompanhar:

  • Observatório da Discriminação Racial no Futebol: Mesmo focado no esporte, mostra como a denúncia e a análise de dados são importantes.
  • Coalizão Negra Por Direitos: Movimento que articula diversas entidades na luta antirracista.
  • Geledés - Instituto da Mulher Negra: Importante fonte de pesquisa e atuação em defesa dos direitos das mulheres negras.
  • Redes sociais de advogados(as) e ativistas negros(as): Muitos compartilham informações e análises sobre o tema diariamente.

A luta contra o racismo no Judiciário é complexa, mas não podemos desistir. A Educafro Brasil continuará cobrando transparência, responsabilidade e, acima de tudo, que a justiça seja realmente para todos. Compartilhe esse conhecimento e junte-se a nós nessa batalha!

 

Artigo Original na integra: BRASIL DE FATO - Em dez anos, nenhum juiz foi punido por racismo em processos abertos no CNJ

Magistrada inocentada afirmou que suspeito não tinha “estereótipo de bandido, por ter pele, olhos e cabelos claros”

 Igor Carvalho 5.set.2020 às 17h47 São Paulo (SP)

 

por Redação: O artigo não representa diretamente posições ou falas da EDUCAFRO Brasil como instituição, este é um artigo, parcial, total ou interpretado de públicações repercutidas

RACISMO NA JUSTIÇA: A FERIDA ABERTA QUE PRECISA CICATRIZAR!

 

Atenção, Brasil! Uma pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) escancara uma verdade dolorosa, mas que muitos de nós já sentíamos na pele: o racismo é uma engrenagem silenciosa, porém cruel, dentro do nosso próprio sistema de justiça!

Sabe aquela sensação de que a justiça nem sempre é igual para todos? De que a cor da pele ainda pesa, mesmo dentro dos tribunais? Pois é, a pesquisa "Características do racismo estrutural (re)produzido no Sistema de Justiça" não deixa dúvidas: o racismo existe, está internalizado, é tolerado, mas inacreditavelmente... não é reconhecido por muitos!

IMPACTANTE! Enquanto a maioria da população brasileira é negra (55,5%, segundo o IBGE), inacreditáveis 80% da magistratura é branca! E não para por aí: nos cargos de servidores, a discrepância também choca. As cotas, embora importantes, são apenas o primeiro passo em uma jornada longa e árdua.

O estudo do CNJ, realizado por pesquisadores da USP e UFF, ouviu magistrados, servidores, membros do Ministério Público, advogados, defensores públicos e analisou dados e políticas existentes. O resultado é um retrato alarmante de como o racismo se manifesta no dia a dia do sistema judicial:

  • Microagressões constantes: Profissionais negros sofrem humilhações e tratamento diferenciado, independentemente do cargo que ocupam.
  • Violência para o povo negro: Pessoas negras envolvidas em processos judiciais são vítimas de discriminação explícita.
  • Barreiras na educação: O acesso ao ensino superior em Direito e a conclusão do curso ainda são desafios enormes para os estudantes negros.
  • Dificuldades no mercado de trabalho: Estágios e oportunidades de ascensão profissional são negados, principalmente na iniciativa privada.
  • Racismo nos concursos: Desde a preparação até a aprovação, a desigualdade racial marca as trajetórias dos candidatos negros.
  • Tratamento diferenciado: Profissionais negros são frequentemente parados para comprovar identidade, sofrem restrições de circulação e são vítimas de desqualificação e racismo recreativo.

CHEGA! Essa pesquisa não é apenas um amontoado de dados, é o grito sufocado de uma parcela imensa da população que clama por igualdade e justiça de verdade. A Educafro Brasil, há anos na linha de frente da luta por educação e direitos do povo negro, recebe essa notícia com a urgência que ela merece.

Para Frei David Santos, fundador da Educafro, "Essa pesquisa do CNJ é um tapa na cara da sociedade brasileira. Revela o que nós da Educafro denunciamos há décadas: o racismo estrutural é uma chaga que precisa ser extirpada de todas as instituições, principalmente do sistema de justiça, que deveria ser o guardião da igualdade."

E AGORA? O QUE FAZER?

O CNJ, diante desse cenário estarrecedor, já aponta algumas diretrizes e recomendações cruciais:

  • Reconhecimento do racismo institucional: É o primeiro passo para começar a mudar essa realidade.
  • Criação de estruturas independentes: Para coletar e registrar informações sobre discriminação.
  • Apoio à pesquisa independente: Para aprofundar a compreensão do problema.
  • Programas de acolhimento e acompanhamento: Para profissionais negros em todas as fases da carreira.
  • Fortalecimento da política de cotas: Com reserva mínima de vagas em todas as etapas dos concursos.
  • Criação de comitês permanentes antirracistas.
  • Incorporação do letramento racial: Na formação jurídica e no Exame Nacional da Magistratura.
  • Padrões claros: Para conduzir investigações e processos envolvendo pessoas negras, garantindo seus direitos.

A Educafro Brasil se une a essas recomendações e clama por ações concretas e urgentes! Não podemos mais tolerar que o racismo continue a moldar as decisões da justiça e a perpetuar a desigualdade em nosso país.

Compartilhe este artigo! Precisamos que essa verdade chegue a todos os cantos do Brasil. A luta por uma justiça racialmente equitativa é de todos nós. É hora de levantar a voz, exigir mudanças e construir um futuro onde a cor da pele não seja um fator de desigualdade perante a lei.

#RacismoNaJustiça #EducafroBrasil #JustiçaRacial #PovoNegro #Igualdade #CNJ #PesquisaCNJ

Artigo original publicado em Agencia CNJ de Notícias

por Redação: O artigo não representa diretamente posições e falas da EDUCAFRO Brasil, este artigo traz repercussão a matérias publicadas por terceiros completa, parcialmente ou de forma interpretativa

Fonte Intercept Brasil

Alerta Urgente: O Sorteio de Vagas em Cotas Raciais é um Ataque Silencioso aos Nossos Direitos!

Atenção, comunidade! Uma notícia de extrema gravidade acaba de chegar, e precisamos estar unidos e informados para proteger as conquistas da nossa luta. A Rede Sustentabilidade, atendendo a um pedido da valorosa EDUCAFRO Brasil, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender uma prática absurda: o sorteio de vagas para cotas raciais em concursos públicos, como o Concurso Nacional Unificado (CNU).

imagem: Câmara dos Deputados após a aprovação da Lei de Cotas (Lei 12711/2012) com revisão a cada dez anos, com ciclos anuais de monitoramento 09/08/23 Fonte: Bing 04/08/25

Mas o que isso significa para você e para o futuro da educação e oportunidades para o povo negro?

Imagine que, depois de todo o esforço e dedicação para estudar e se preparar, a sua vaga garantida por lei pudesse ser decidida por um sorteio. É exatamente isso que está acontecendo! O sorteio de vagas, quando o número de cotistas é menor do que o mínimo legal, parece uma solução, mas na verdade, é uma forma enganosa e perigosa de minar a eficácia das cotas raciais.

Como muito bem disse Frei Davi Santos, diretor-executivo da Educafro: "O sorteio de vagas é uma forma disfarçada e cruel de negar direitos, reduzir a eficácia das cotas a quase zero e perpetuar a exclusão histórica que estas políticas buscam reparar." Essa fala resume a seriedade do problema. As cotas foram criadas para corrigir uma injustiça histórica, garantindo que pessoas negras tenham acesso a espaços que lhes foram negados por séculos. Trocar o mérito e a classificação por um sorteio é um retrocesso que não podemos aceitar.

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Racismo nas Redes Sociais: EDUCAFRO Brasil no Caso Marcelo de Carvalho, uma Resposta Essencial ao Racismo e Xenofobia

A EDUCAFRO Brasil tem plena consciência de que o RACISMO só vai diminuir se todas as entidades afro-brasileiras, passarem a usar ações jurídicas como intrumento de punição aos racistas.

Vamos nessa? Contamos com toda organização civil(entidade) aliada as causas da justiça social para o povo preto!

 

A EDUCAFRO Brasil reafirma com veemência que a erradicação do RACISMO em nossa sociedade passa, inequivocamente, pela aplicação rigorosa da justiça. O recente caso envolvendo Marcelo de Carvalho, proprietário de uma rede de comunicação, que publicou em sua rede social (com grande alcance) posições racistas e xenófobas sobre o povo negro, especialmente imigrantes africanos, após um incidente particular de sua família na Espanha, evidencia a urgência de uma postura reparatória. Espera-se que alguém com tamanha influência na sociedade demonstre autoconsciência e assertividade, promovendo reparos contínuos e incisivos pelos danos causados.

A EDUCAFRO Brasil reafirma com veemência que a erradicação do RACISMO em nossa sociedade passa, inequivocamente, pela aplicação rigorosa da justiça.

Essa ação fortalece uma estrutura já profundamente enraizada na sociedade – que historicamente escravizou, lucrou e continua a lucrar com a desigualdade, mantendo o pacto de branquitude –, a instrumentalização da justiça é um pilar fundamental. Ela visa assegurar a punição dos atos racistas e, consequentemente, desestimular sua prática, construindo um ambiente onde a igualdade e o respeito prevaleçam.

Assim como a Educafro, diversas personalidades afirmam ter entrado com representação ao Ministério Público(MP), outras instituições e entidades estão sendo acionadas, convocadas a entrar com representação a essa posição grotesca.

 

discurso de ódio - Marcelo

Imagem de parte das falas compartilhadas por Marcelo de Carvalho no "X", anteriormente conhecido como Twitter posteriormente excluidas após repercussão negativa.

 

Imagem: Marcelo de Carvalho em um programa da RedeTV

A Perigosa Ascensão do Ódio e a Justificativa da Violência

É alarmante observar como discursos que alimentam o ódio a imigrantes e refugiados se tornam cada vez mais comuns e normalizados em diversas partes do mundo. Essas narrativas, frequentemente baseadas em argumentos nacionalistas, xenófobos e, em sua essência, reminiscentes de ideologias fascistas e nazistas, justificam todo tipo de violência e exclusão. A associação generalizada de grupos minoritários, como os migrantes africanos, à criminalidade ou a problemas sociais é uma tática perigosa. Ela desumaniza indivíduos e coletividades, criando um "inimigo" imaginário que serve para desviar a atenção de problemas estruturais e para consolidar agendas políticas autoritárias.

Desumaniza indivíduos e coletividades, criando um "inimigo" imaginário que serve para desviar a atenção de problemas estruturais e para consolidar agendas políticas autoritárias.

Historicamente, regimes totalitários utilizaram a xenofobia e o racismo para polarizar a sociedade e legitimar perseguições. Hoje, vemos essa mesma lógica em operação: culpar o "outro", o "estrangeiro", o "diferente", para justificar políticas migratórias desumanas, atos de violência e a negação de direitos fundamentais. A disseminação de tais ideias em plataformas de grande alcance, como as redes sociais, amplifica seu impacto, atingindo milhões e solidificando preconceitos que deveriam ser combatidos. A EDUCAFRO Brasil atua firmemente contra essa escalada do ódio, defendendo que a dignidade humana não tem fronteiras e que a justiça deve prevalecer contra qualquer forma de discriminação.

 


A Posição da RedeTV!

Marcelo, uma figura pública de alta projeção social, é o comunicador à frente de uma rede de comunicação. Esta, uma concessão pública, confere-lhe o poder de decisão sobre o conteúdo que alcança milhares de lares, impactando diretamente o imaginário popular e cultural. Seu controle sobre a contratação de profissionais solidifica ainda mais sua influência.

A questão que se impõe é: quem teria autoridade para punir o próprio dono da rede?

Recentemente, a RedeTV!, sob seu comando, emitiu um comunicado via assessoria de imprensa buscando dissociar-se de uma fala racista proferida por Marcelo. A nota classificou o ocorrido como uma manifestação particular, sem qualquer repreensão ou exigência de retratação ao proprietário da emissora. A questão que se impõe é: quem teria autoridade para punir o próprio dono da rede?


 

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