Anistia Não: EDUCAFRO Pressiona Moraes após Voto de Zanin e Denuncia Desvio de Verbas do Povo Negro por Partidos de Esquerda e Direita

A EDUCAFRO Brasil vem a público manifestar sua profunda indignação e susto com o cenário político atual. Enquanto entidade comprometida com a justiça social e a equidade racial, observamos um uso abusivo e hipócrita dos direitos do povo afro-brasileiro por parte das principais legendas partidárias do país.

A realidade nua e crua é que a população negra está encurralada entre dois descasos: a Direita, que além de não propor avanços, atua para cortar os poucos direitos conquistados; e a Esquerda, que, embora seja a única a fazer algo, não entrega sequer 10% do que o negro tem direito.

Nós somos 55% da população brasileira. Não aceitamos políticas de "boa intenção" mas de pouca abrangência. Queremos 100% dos nossos direitos efetivados. Fazer política séria não é dar migalhas.

A Traição das Verbas Eleitorais: PT em Segundo Lugar no Desvio

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Da Cela à Cidadania: Um Plano de Emergência Contra o Encarceramento em Massa e Pela Ressocialização da População Negra

Não podemos mais aceitar o sistema prisional brasileiro como um "depósito de gente". Para a população negra, o cárcere não é apenas uma punição; é uma máquina de moer futuros, desestruturar famílias e perpetuar a pobreza. O diagnóstico já foi feito: vivemos um Estado de Coisas Inconstitucional. Agora, precisamos passar da denúncia para a ação tática.

Apresentamos abaixo uma estratégia para garantir que a lei saia do papel e que a dignidade negra seja respeitada, dentro e fora das grades.


1. O Mapa das Violações: O Que Está Sendo Quebrado?

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UERJ e a Memória das Cotas: Uma Disputa entre a Lei e a Implementação

O Estado do Rio de Janeiro foi pioneiro na implementação de ações afirmativas no ensino superior brasileiro. No entanto, a construção dessa história não foi linear e nem pacífica. Existe hoje uma disputa sobre a memória e o marco temporal dessa conquista: devemos celebrar a legislação que criou o direito (2000/2001) ou apenas o momento em que a universidade finalmente aceitou aplicá-lo (2003)?

A Educafro Brasil defende que ignorar os anos de luta legislativa e a resistência institucional inicial é uma forma de apagamento histórico.

 

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A Farda que Mata Tem Cor: O Estado Brasileiro Precisa Parar de Executar a Juventude Negra

Não estamos aqui para lamentar em silêncio. O luto, para o povo negro, sempre foi verbo de ação. Hoje, a Educafro Brasil convoca toda a sociedade, especialmente a juventude negra e as organizações de direitos humanos, para encarar de frente uma realidade que não é acidente, mas projeto: o genocídio institucionalizado praticado pelas forças de segurança do Estado.

Os dados recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública e relatórios de institutos independentes desenham um cenário de guerra onde o inimigo declarado é o corpo negro. Sob a justificativa do "combate ao crime", o Estado brasileiro arrogou para si um poder que não lhe pertence: o de julgar, condenar e executar a pena de morte nas vielas e periferias, sem tribunal, sem defesa e sem consequência.

O Mapa da Barbárie: São Paulo como Laboratório da Morte

O estado de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio de Freitas e do secretário Guilherme Derrite, tornou-se o epicentro dessa escalada de violência. Os números são uma afronta à dignidade humana:

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O Voto de Zanin e a Cegueira Seletiva: Por Que a Anistia aos Partidos é um Golpe na Democracia Racial?

O Supremo Tribunal Federal está, neste momento, decidindo o futuro da representatividade política no Brasil. E o sinal dado pelo relator, Ministro Cristiano Zanin, é alarmante. Ao votar pela validação da anistia a partidos políticos que descumpriram a cota mínima de recursos para candidaturas negras e de mulheres, Zanin não apenas profere um voto técnico; ele revela uma postura jurídica que, sob o manto da "estabilidade institucional", sacrifica a reparação histórica.

O Perfil de Zanin: Legalismo x Realidade Social

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Brasil, 10 de dezembro de 2025 - *Dia Internacional dos Direitos Humanos*

EXCELENTÍSSIMO GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, JORGINHO MELLO

Assunto: INCONSTITUCIONALIDADE do Projeto de Lei (PL) nº 753/2025

A Educafro Brasil, instituição há quase 50 anos, comprometida com a promoção
da igualdade de oportunidades e o acesso à educação para grupos historicamente
marginalizados, dirige-se a Vossa Excelência para alertar sobre a TOTAL
INCONSTITUCIONALIDADE do projeto acima.

Requeremos que vete integralmente o Projeto de Lei (PL) nº 753/2025,
recentemente aprovado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) e
assim, seu Governo fica classificado como respeitador das Leis Nacionais e
Internacionais.

Com efeito, o referido projeto, ao vedar a adoção de cotas étnicas e outras ações
afirmativas em instituições de ensino superior públicas ou que recebam verbas públicas

 

Clique abaixo para ler a carta integralmente:

👉🏾 CARTA ABERTA AO GOVERNADOR DE SANTA CATARINA pdf -_251212_134412

 

no âmbito estadual, ignora compromissos jurídicos do Estado Brasileiro em relação ao
conjunto de sua população

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Negros no Poder: Juízes Debatem o Racismo e Mostram que o Lugar de Decisão Também é Nosso

Muitas vezes, quando entramos em um tribunal ou vemos notícias sobre justiça na TV, é difícil encontrar rostos que se pareçam com os nossos. Mas isso está mudando. E precisa mudar mais rápido.

Nesta semana, Brasília foi palco de um encontro histórico. Juízas e juízes negros de todo o Brasil se reuniram na casa de uma das cortes mais altas do país para dizer: "Nós existimos, estamos aqui e precisamos mudar a forma como a justiça trata o povo negro".

Abaixo, reproduzimos a matéria do portal G1 que noticiou este evento, para que você entenda a importância do que está acontecendo.


A Notícia na Íntegra

Fonte: G1 / TV Globo – Por Filipe Matoso Data: 09/12/2025 Link Original: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/12/09/juizas-e-juizes-negros-debatem-racismo-no-judiciario-presidente-do-stj-pede-acoes-concretas.ghtml

Juízas e juízes negros debatem racismo no Judiciário; presidente do STJ pede ações 'concretas'

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A Sombra de Willie Lynch: Por que Precisamos Falar Sobre a Estratégia de Dividir para Oprimir

Há feridas na história que não cicatrizam com o silêncio; elas exigem ser expostas, compreendidas e tratadas. Uma das mais profundas e persistentes cicatrizes na psique da população negra nas Américas é o legado simbólico da chamada "Carta de Willie Lynch".

Embora historiadores debatam a autenticidade documental da carta, o método descrito nela é uma realidade histórica inegável. O sistema escravista não se sustentou apenas com correntes de ferro; ele se manteve de pé através de uma engenharia social perversa desenhada para quebrar o espírito coletivo do nosso povo.

Quem foi Willie Lynch e o que ele Representa?

A narrativa histórica nos conta que Willie Lynch foi um proprietário de escravos no Caribe, conhecido por manter um controle absoluto e cruel sobre os negros escravizados. Acredita-se, inclusive, que o termo "linchar" (lynching) derive de seu sobrenome, eternizando sua ligação com a violência racial.Read more


Guerreiro Ramos: O Intelectual que Ensinou o Brasil a Olhar para Si Mesmo e para a Branquitude

Muitas vezes, a história oficial tenta nos convencer de que o pensamento crítico sobre raça no Brasil é uma invenção recente. Nada poderia ser mais falso. Décadas antes de termos as palavras "branquitude" e "racismo estrutural" na ponta da língua, um homem negro, baiano de Santo Amaro da Purificação, já dissecava a alma do país com uma precisão cirúrgica. Seu nome era Alberto Guerreiro Ramos.

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Amanhã é Dia de Batalha: O ENEM, o Abismo Racial e as Ferramentas para a Nossa Vitória

Neste momento, véspera do segundo dia de provas do ENEM 2025, o Brasil prende a respiração. Para milhões de jovens, especialmente para a juventude negra, este domingo, 16 de novembro, não é apenas um teste de biologia e matemática. É o dia de lutar pelo futuro, de carregar nos ombros o peso de um abismo histórico e a esperança de uma nação inteira.

Para nós, da Educafro Brasil, este é o momento de analisar a realidade nua e crua de quem mais luta pelo direito de sonhar. Os últimos dez anos foram de uma revolução silenciosa, mas incompleta. Se por um lado celebramos vitórias, por outro, os dados revelam as barreiras que o racismo estrutural insiste em manter.


A Década da Ocupação: O que Conquistamos

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