Traços que Educam, Histórias que Libertam: A Revolução das Quadrinistas Negras da Periferia
Traços que Educam, Histórias que Libertam: A Revolução das Quadrinistas Negras da Periferia
No universo, por vezes tão branco e masculino, dos quadrinhos e da ilustração, uma revolução silenciosa e potente está em curso. Liderada por mulheres pretas e periféricas, essa revolução não usa armas, mas nanquim, canetas digitais e uma coragem imensa para contar as próprias histórias. Para a Educafro, que entende a educação como uma ferramenta de libertação, a arte dessas mulheres é uma sala de aula a céu aberto, um verdadeiro aquilombamento visual.
Atotô, Omolu! O Senhor da Terra, da Cura e da Resistência Cultural
Ilustraçõ da figura do orixá Omolu — Nathi de Souza/Arquivo/Alma Preta
Atotô, Omolu! O Senhor da Terra, da Cura e da Resistência Cultural
Neste mês de agosto, e com especial reverência hoje, dia 16, os terreiros de Candomblé e Umbanda se voltam para um dos Orixás mais respeitados e complexos de seu panteão: Omolu. Conhecido como o "Senhor da Terra", sua força rege os ciclos da saúde e da doença, da vida e da morte.
Mais que Papel, um Povo em Chamas: O Crime de Ruy Barbosa, o Apagamento e a Luta por Reparação
Mais que Papel, um Povo em Chamas: A Fogueira de Ruy Barbosa, as Histórias que Sobreviveram e a Luta por Reparação
Você já se perguntou por que é tão difícil para uma pessoa negra no Brasil traçar sua árvore genealógica? Por que os nomes de nossos heróis soam como lendas distantes e nossas conquistas parecem notas de rodapé na história do país? Esse vazio não é um acidente. Ele é um projeto. E um dos atos fundadores desse projeto tem nome, data e um responsável: a queima dos arquivos da escravidão, ordenada em 14 de dezembro de 1890 pelo então ministro da Fazenda, Ruy Barbosa.
A Fênix Negra e a Liberdade Frágil - Rememorando O Abolicionista Luiz Gama
Agosto é o mês em que celebramos a memória do nosso patrono, Luiz Gama, um farol de estratégia e coragem. Para honrar seu legado, iniciamos hoje uma série de artigos que, nesta edição, caminhará lado a lado com uma das mais importantes produções sobre sua vida: a temporada "O Plano", do podcast História Preta.
Imagem gerada por IA simbolizando a chegada de Luiz Gama aos 17 anos no Cais do Valongo
Para entender o gigante, é preciso conhecer o menino. A história de Gama começa nas ruas vibrantes e complexas de Salvador. Ele nasceu em 21 de junho de 1830 na Rua do Bângala, no coração da cidade, uma região de intensa atividade da população negra livre e escravizada. Como ele mesmo descreveria anos mais tarde em sua célebre carta autobiográfica a Lúcio de Mendonça, ele era filho de Luiza Mahin, “negra, africana livre, da Costa da Mina (...) pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã”.
Sua história, como o podcast História Preta brilhantemente narra em seu primeiro episódio, é a de uma "Liberdade Frágil". Nascido livre, Luiz Gama não deveria conhecer o cativeiro. No entanto, a traição de seu próprio pai, um fidalgo português que o vendeu como escravo aos 10 anos para pagar uma dívida, revelou uma verdade brutal: no Brasil escravocrata, a liberdade para o nosso povo era um estado precário, constantemente sob ameaça.
Nunca tão poucos fizeram tanto por tantos!
Era o dia 20 de agosto de 2018. 7 jovens guerreiros/as acorrentados/as no pátio da Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo. Ali passaram 13 dias. Alimentando-se ali… dormindo ali. Tudo isso em prol de uma causa. Você se lembra?
Muitas vezes, com a correria do dia a dia, nos esquecemos de momentos importantes da nossa história. Mas aqui na EDUCAFRO, dia 21 de agosto é dia de relembrar, de celebrar, de resistir. Há exatos 365 dias, aconteceu o Protesto das Correntes, onde 4 mulheres e 3 homens, voluntários da EDUCAFRO, se manifestaram com seus corpos para que a Lei 1.259/……….. fosse regulamentada.
Foram dias de luta, de dor, de frio. Dias em que, além dos 7 guerreiros, muitos outros guerreiros/as se uniram para defender um povo. Eram advogados, voluntários, militantes, todos em busca de um único resultado: Mais direitos para nós, negros. É o que conta o voluntário Samuel, um dos 3 homens acorrentados no protestos.





