Cuidar de Nossas Rainhas: Reparação, Afeto e o Aquilombamento pela Saúde da Mulher Negra
“Mulheres negras têm colo para todo mundo, mas fica a pergunta: quem tem colo para elas?”
Esta questão, levantada em um vídeo que circula em nossas redes, não é retórica. É um diagnóstico preciso de uma crise silenciosa e secular. Historicamente, a mulher negra no Brasil foi colocada no papel de cuidadora universal: a base da família, o esteio da comunidade, a força motriz que sustenta gerações inteiras, muitas vezes sozinha. Enquanto oferecem seu colo, força e sacrifício, seus próprios corpos e mentes adoecem pela negligência de uma sociedade que se acostumou a ser servida por elas, mas que raramente serve a elas.
Cuidar de nossas mães, irmãs, parceiras e amigas não é um favor. “Não é mimo, é reparação. É compromisso com a vida”.
O encerramento de mais uma etapa da turma do curso de Python para Data Science, uma parceria entre a Educafro e a Escola SENAI de Informática, vai muito além da simples entrega de certificados. Representa a consolidação de um movimento de inclusão e capacitação no setor de tecnologia, como bem expressou o instrutor Gustavo Lima em uma recente publicação que reverberou entre alunos e colegas. A celebração não é apenas pela missão cumprida, mas pela visível e inspiradora evolução de cada estudante.
"Ver a evolução de cada um dos alunos foi a parte mais gratificante desta jornada", afirmou Gustavo Lima, Instrutor de Formação Profissional e Técnico em Desenvolvimento de Sistemas. Em suas palavras, o sentimento de orgulho transcende o ensino do código; ele celebra a capacitação dos alunos para "transformar dados em respostas", uma habilidade crucial na era da informação.
A publicação de Lima rapidamente se tornou um mural de gratidão e reconhecimento, com os próprios alunos validando o impacto do programa e da sua mentoria. Os comentários refletem uma experiência de aprendizado que superou as expectativas, destacando não apenas o conhecimento técnico adquirido, mas também a forma como foi transmitido.
Julia Santos, Analista de Dados, resumiu o sentimento de muitos: "Muito obrigada por ter nos dado a honra do seu conhecimento, da sua paciência e das suas histórias. Você é um educador de mão cheia, suas aulas foram leves e simples, programar ficou divertido e prazeroso". Seu comentário evidencia uma metodologia de ensino que desmistifica a complexidade da programação, tornando-a acessível e engajadora.
A mesma gratidão foi ecoada por outros colegas. "Foi uma honra poder aprender com você e aprofundar meus conhecimentos em Python", comentou Tell Barbosa. Gabriela Beatriz, da área de Cyber Security, e Rafael Oliveira Bernardo, Analista de Pricing, também fizeram questão de agradecer ao professor por compartilhar seus valiosos conhecimentos.
Essa troca de experiências ressalta o sucesso do ecossistema criado pela Educafro e pelo SENAI. Lauro Nascimento, Especialista em Soluções Financeiras, descreveu a jornada como "uma experiência incrível", estendendo sua gratidão não apenas ao professor, mas a todos os colegas que "tornaram essa jornada ainda mais especial". Fica claro que, além do conteúdo programático, a turma construiu um ambiente de colaboração e apoio mútuo.
O projeto, elogiado por profissionais como Danilo Sibov e Fabrício Mitsuo, e apoiado pela gestão de Priscila Medeiro, mostra a força da união de propósito entre instituições e educadores. A missão da Educafro de promover a inclusão encontra na excelência técnica do SENAI o parceiro ideal para formar profissionais qualificados e prontos para um mercado de trabalho competitivo.
Ao finalizar sua mensagem aos agora colegas de área, Gustavo Lima deixou um conselho e uma benção: "Que o futuro de vocês seja brilhante. Continuem curiosos e confiantes. O sucesso de vocês é o nosso maior retorno".
A história desta turma Educafro Tech é um poderoso testemunho do impacto transformador da educação de qualidade, aliada a mentores dedicados e a um propósito maior. Mais do que programadores, formam-se profissionais capazes de analisar, interpretar e inovar, prontos para deixar sua marca no mundo da tecnologia e inspirar as próximas gerações. Foi, é e será sem dúvida, uma honra para todos os envolvidos fazer parte desta história. 🚀
O agradecimento e celebração do Instrutor Gustavo Lima pode ser visto na postagem do seu linkedin [clicando aqui]
6 de outubro de 2025
EDUCAÇÃO POPULAR!
A EDUCAFRO Brasil parabeniza o seu núcleo de Petrópolis e afirma que a cidadania é a ferramenta da EDUCAFRO Brasil para colocar a juventude comprometida com um Brasil que cria, monitora, fiscaliza e pune os que lesam o povo, para garantir politicas públicas eficientes.
Frei David Santos OFM
Nova plataforma "Linha de Cor" expõe o racismo na legislação brasileira e fortalece a educação antirracista
Iniciativa inovadora, desenvolvida por uma equipe de mais de 90 profissionais negros, oferece materiais pedagógicos gratuitos para aprofundar o debate sobre as hierarquias raciais no país.
Nesta sexta-feira, 3 de outubro, foi lançado o website "Linha de Cor", uma poderosa ferramenta de pesquisa e educação que mapeia como as leis e projetos políticos no Brasil historicamente estruturaram o racismo. O lançamento ocorreu durante um seminário na Universidade de Brasília (UnB), marcando a disponibilização pública de um acervo fundamental para a luta antirracista.
Nosso Lar é o Quilombo: Em Salvador, a Educação se firma como Ferramenta de Luta para o Futuro do Nosso Povo
A caminhada é longa, mas nunca andamos sós. O que aconteceu na Bahia foi mais que um encontro: foi o reafirmar de um compromisso ancestral com a nossa gente, com o nosso saber e com a nossa terra.
O som dos tambores em Salvador, entre 24 e 26 de setembro, não era apenas festa. Era chamado. Era a voz dos nossos ancestrais ecoando, reunindo mais de 350 dos nossos para o I Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Nordeste. Era o nosso povo se aquilombando para traçar o futuro. E nós, da Educafro Brasil, que somos parte deste chão e desta luta, estávamos lá, ombro a ombro, fortalecendo a trincheira e reafirmando que a educação, para nós, é e sempre será um ato de libertação.
A NOSSA CARA NOS LUGARES DE PODER: POR UMA POLÍTICA QUE NOS REPRESENTA DE VERDADE!
E aí, família da Educafro! Como tá o ânimo por aí?
A gente já falou da importância de ter comida boa na mesa, de lutar contra a violência que nos atinge e de nos organizar. Mas pra que todas essas lutas virem realidade, pra que nossas pautas virem lei, pra que a gente tenha um futuro de verdade, a gente precisa de uma coisa fundamental: Nossa Gente nos Lugares de Poder!
DA NOSSA TERRA, NOSSO ALIMENTO! A LUTA NEGRA PELA BARRIGA CHEIA E SAUDÁVEL!
E aí, família da Educafro! Tudo em paz por aí?
A gente sabe que a luta é em várias frentes. É na sala de aula, é na faculdade, é no corre pra conseguir aquele trampo, é na delegacia contra a injustiça. Mas tem uma luta que é a base de tudo, que alimenta a nossa energia pra continuar de pé: a luta por comida na mesa! E não é qualquer comida, é comida boa, saudável, feita na nossa terra, por nossas mãos. Isso tem nome, e é bonito de ouvir: Soberania Alimentar!
O que raios é Soberania Alimentar?
NOSSOS CORPOS NO ALVO: GUIA DE LUTA PELO FIM DO GENOCÍDIO NEGRO
E aí, família! Firmeza?
A gente sabe que a caminhada é longa e o bagulho é sério. Todo dia, a gente liga a TV ou abre a internet e a notícia tá lá: mais um dos nossos tombou. Mais uma mãe chorando, mais uma família destruída. Dizem que é "guerra às drogas", mas a gente sabe qual é a cor e o CEP que tão na mira. É uma guerra contra nós. Chamam de "auto de resistência", a gente chama pelo nome certo: genocídio.
Baixe a Edição da EDUCAFRO NEWS - EDIÇÃO Outubro de 2025 | Número 1001
24 de setembro de 2025
Sônia Maria de Jesus: A Sentença da Casa-Grande: O Estado que Resgata com uma Mão e Abandona com a Outra
O caso de Sônia Maria de Jesus é uma ferida exposta na alma do Brasil. Não é apenas a história de uma mulher negra, surda e com visão monocular resgatada após 40 anos de servidão; é a materialização da falência de um projeto de nação e um divisor de águas para o futuro da luta antiescravista no país. A recente carta emitida pelo Escritório do Alto Comissariado da ONU, detalhada pelo portal NSC Total, eleva a vergonha nacional a um patamar global. A ONU pergunta o que o Brasil está fazendo. A resposta, infelizmente, está na própria trajetória de Sônia: muito pouco, e de forma terrivelmente contraditória.