Diário de um Massacre, Sobrevivendo à Injustiça: O Carandiru, os Racionais e a Luta que Não Acabou
1 de outubro de 2025Luta por justiça,RACISMO,História Preta,Liberdade,Ação Civil Pública,2025
são paulo, 1 de outubro de 1992.
O ar está pesado. Mais um dia, como diz o poeta da canção que ainda não foi escrita, “sob o olhar sanguinário do vigia”. O cheiro de morte ronda os pavilhões superlotados, um pressentimento que se mistura ao odor de esgoto e desespero. Lá fora, o país se prepara para eleições municipais. Aqui dentro, a única eleição é entre a sobrevivência e a loucura. A tensão é uma navalha. Ninguém sabe, mas a história se prepara para parir um de seus monstros. Este é o diário da véspera.
A NOSSA CARA NOS LUGARES DE PODER: POR UMA POLÍTICA QUE NOS REPRESENTA DE VERDADE!
26 de setembro de 2025COTAS RACIAIS,Luta por justiça,Frei David,Educafro Brasil,Educação,Abolicionismo,História Preta,Liberdade,Ação Civil Publica
E aí, família da Educafro! Como tá o ânimo por aí?
A gente já falou da importância de ter comida boa na mesa, de lutar contra a violência que nos atinge e de nos organizar. Mas pra que todas essas lutas virem realidade, pra que nossas pautas virem lei, pra que a gente tenha um futuro de verdade, a gente precisa de uma coisa fundamental: Nossa Gente nos Lugares de Poder!
NOSSOS CORPOS IMPORTAM! PARE O GENOCÍDIO NEGRO E O ENCARCERAMENTO EM MASSA!
26 de setembro de 2025Luta por justiça,Educafro Brasil,RACISMO,Luiz Gama,Luiza Mahín,Abolicionismo,História Preta,Liberdade,Ação Civil Pública
E aí, família da Educafro! Firmeza na caminhada?
A gente fala de educação, de empreendedorismo, de saúde, de cultura, de terra e de comida na mesa. E tudo isso é vital! Mas não dá pra falar de futuro e ascensão sem encarar a chaga aberta que nos sangra todos os dias: a violência policial, o racismo no sistema de justiça e o encarceramento em massa que atinge principalmente os nossos.
DA NOSSA TERRA, NOSSO ALIMENTO! A LUTA NEGRA PELA BARRIGA CHEIA E SAUDÁVEL!
26 de setembro de 2025COTAS RACIAIS,Luta por justiça,Frei David,Educafro Brasil,Educação,Abolicionismo,História Preta,Liberdade,Ação Civil Pública
E aí, família da Educafro! Tudo em paz por aí?
A gente sabe que a luta é em várias frentes. É na sala de aula, é na faculdade, é no corre pra conseguir aquele trampo, é na delegacia contra a injustiça. Mas tem uma luta que é a base de tudo, que alimenta a nossa energia pra continuar de pé: a luta por comida na mesa! E não é qualquer comida, é comida boa, saudável, feita na nossa terra, por nossas mãos. Isso tem nome, e é bonito de ouvir: Soberania Alimentar!
O que raios é Soberania Alimentar?
NOSSOS CORPOS NO ALVO: GUIA DE LUTA PELO FIM DO GENOCÍDIO NEGRO
24 de setembro de 2025Luta por justiça,Educafro Brasil,RACISMO,Educação,História Preta,Liberdade
E aí, família! Firmeza?
A gente sabe que a caminhada é longa e o bagulho é sério. Todo dia, a gente liga a TV ou abre a internet e a notícia tá lá: mais um dos nossos tombou. Mais uma mãe chorando, mais uma família destruída. Dizem que é "guerra às drogas", mas a gente sabe qual é a cor e o CEP que tão na mira. É uma guerra contra nós. Chamam de "auto de resistência", a gente chama pelo nome certo: genocídio.
Baixe a Edição da EDUCAFRO NEWS - EDIÇÃO Outubro de 2025 | Número 1001
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24 de setembro de 2025
Sônia Maria de Jesus: A Sentença da Casa-Grande: O Estado que Resgata com uma Mão e Abandona com a Outra
13 de setembro de 2025Luta por justiça,RACISMO,Educação,Luiz Gama,Luiza Mahín,Abolicionismo,História Preta,Liberdade,Ação Civil Pública
O caso de Sônia Maria de Jesus é uma ferida exposta na alma do Brasil. Não é apenas a história de uma mulher negra, surda e com visão monocular resgatada após 40 anos de servidão; é a materialização da falência de um projeto de nação e um divisor de águas para o futuro da luta antiescravista no país. A recente carta emitida pelo Escritório do Alto Comissariado da ONU, detalhada pelo portal NSC Total, eleva a vergonha nacional a um patamar global. A ONU pergunta o que o Brasil está fazendo. A resposta, infelizmente, está na própria trajetória de Sônia: muito pouco, e de forma terrivelmente contraditória.
"O CHOQUE DA REALIDADE" - Revivendo o Porão, o Monumento e o Cativo como Sentença do Não-Lugar
13 de setembro de 2025Ação Civil Pública,COTAS RACIAIS,Luta por justiça,RACISMO,Educação,Luiz Gama,Abolicionismo,História Preta,Liberdade
'Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade tanto horror perante os céus?!' O grito de Castro Alves ecoa das profundezas do Atlântico e explode em nossas calçadas, em pleno século XXI. A cena, que a análise precisa da página Mídia Social alan.soaresperfil define como um "choque semiótico", é a reencenação da tragédia. Ali está o porão a céu aberto: um homem negro, idoso, nosso ancião, busca no lixo o que a nação lhe nega, sob o olhar de bronze pintado de Luiz Gama, o advogado dos cativos.
Mãe Bernadete Pacífico: A Lei dos Homens, a Justiça dos Ancestrais e o Sangue de Nossos Líderes
13 de setembro de 2025Luta por justiça,Educação,Luiz Gama,Luiza Mahín,História Preta,Liberdade
Que as nossas palavras ressoem como o trovão da indignação e a sentença da verdade! Noticia o jornal O Globo, em 12 de setembro de 2025, a captura de um sicário, um tal "Nove de Ouro do Baralho do Crime", um dos homens acusados de cravar 22 balas no corpo sagrado de Mãe Bernadete Pacífico. Celebra o Estado a queda de uma carta em seu baralho de horrores. E eu pergunto: que justiça é esta, que só age sobre o sangue derramado e nunca para proteger a vida que pulsa?
Fatou Diome: Uma Voz Atlântica que Ecoa no Brasil
13 de setembro de 2025Luta por justiça,RACISMO,Educação,História Preta,Liberdade,2025
Em um cenário global onde as narrativas sobre imigração, identidade e as relações pós-coloniais são frequentemente moldadas por vozes distantes da realidade vivida, a escritora senegalesa Fatou Diome emerge como uma força intelectual e literária inadiável. Para a Educafro Brasil, celebrar e compreender a obra e a presença pública de Diome é aprofundar o debate sobre as diásporas, o racismo e a construção de um futuro mais justo. Sua voz, potente e incisiva, não apenas enriquece a literatura francófona, mas também se torna um farol nos debates públicos, desarmando a hipocrisia com uma clareza desconcertante que encontra profundo eco na realidade brasileira.










