Vitória da Luta Antirracista: TRT-MS Anula Concurso por Descumprimento da Lei de Cotas
Imagem gerada por IA - Gemini Google 20/08/2025 12h30
Vitória da Luta Antirracista: TRT-MS Anula Concurso por Descumprimento da Lei de Cotas
A anulação de um concurso público nunca é uma notícia simples, mas no caso do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região do Mato Grosso do Sul (TRT-MS), a decisão representa uma vitória crucial para o movimento negro e para a defesa das políticas de ação afirmativa no Brasil. É um lembrete contundente de que a lei deve ser cumprida e de que a vigilância da sociedade civil e das instituições fiscalizadoras é fundamental para garantir a equidade racial no acesso aos cargos públicos.
A Educafro Brasil, que luta incansavelmente pela inclusão da população negra e pobre na educação superior e no mercado de trabalho qualificado, celebra esta decisão e parabeniza a atuação do Ministério Público Federal (MPF). Casos como este reforçam a importância da nossa missão e nos dão mais força para seguir adiante.
Frantz Fanon, 100 Anos: O Manual de Sobrevivência, Luta e Libertação que Continua Atual
Cem anos após seu nascimento, em 20 de julho de 1925, Frantz Fanon nunca foi tão contemporâneo. Suas palavras, forjadas no fogo da psiquiatria e da luta anticolonial, continuam sendo uma ferramenta indispensável, um diagnóstico preciso das feridas do racismo e um manual para a nossa libertação. Para nós, da Educafro, que entendemos a educação como o campo de batalha decisivo para a emancipação do povo negro, revisitar Fanon em seu centenário não é um ato de nostalgia, mas uma necessidade estratégica.
Este psiquiatra, escritor e revolucionário da Martinica não é uma figura histórica a ser estudada com distância. Ele é um companheiro de luta, cujas ideias nos ensinam a viver, lutar e crescer em um mundo que ainda insiste em nos confinar ao "não-ser".
BETs na Mira da Justiça: Entenda a Ação Judicial Contra a Pixbet
Com base nos documentos judiciais de uma Ação Civil Pública movida contra a gigante das apostas online, PIXBET, a EDUCAFRO Brasil traz um alerta urgente para nossa comunidade. O que parece ser apenas uma forma de entretenimento e a promessa de dinheiro fácil é, na verdade, um sistema perigoso que tem viciado e causado danos irreparáveis a milhares de crianças e adolescentes, com um impacto devastador sobre as famílias negras e de baixa renda.
Esta não é apenas uma questão legal; é uma batalha pela proteção do futuro da nossa juventude.
BETs na Mira da Justiça: Entenda a Ação Judicial Contra a Pixbet
O documento em anexo faz parte do processo judicial nº 0708083-16.2024.8.07.0013, uma Ação Civil Pública movida por entidades de direitos humanos, como o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Pe. Ezequiel Ramin, contra a PIXBET SOLUCOES TECNOLOGICAS LTDA. A ação, com um valor de causa de R$ 500 milhões, busca a reparação por danos morais coletivos devido à deliberada falta de mecanismos eficazes para impedir que crianças e adolescentes acessem e se viciem em jogos de azar online.
Os principais argumentos apresentados na petição são:
- Danos Já Consolidados: A ação argumenta que, mesmo com a criação de novas regulamentações em 2024 que exigem biometria facial, o dano a milhões de jovens já foi feito. Por anos, empresas como a Pixbet lucraram permitindo o acesso irrestrito de menores às suas plataformas.
- A Fragilidade das Novas Regras: O processo demonstra, com provas, que as novas medidas são insuficientes e que menores de idade continuam utilizando as plataformas. Um exemplo chocante é o do influenciador "Boca de 09", de 16 anos, que foi filmado apostando ao vivo em dezembro de 2024, meses após a implementação das supostas barreiras.
- Vulnerabilidade e Consequências Graves: A petição reúne estudos e reportagens que comprovam o impacto alarmante do jogo no público com menos de 18 anos. Dados mostram que 30% dos jovens entre 10 e 17 anos já jogaram, e 68% deles o fizeram no último mês. A exposição às apostas online incentiva a dependência, a impulsividade, o descontrole financeiro e pode levar a quadros graves de ansiedade, depressão e até suicídio.
- Publicidade Agressiva e Ilegal: A ação destaca que a publicidade das "bets" é onipresente, especialmente em ambientes esportivos, e utiliza a paixão por clubes e ídolos para atrair o público jovem. Além disso, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) já havia notificado a Pixbet e outras 16 empresas para prestar esclarecimentos sobre suas políticas de marketing e proteção de menores.
Fonte: Homem adormece apostando no tigrinho após um dia de trabalho exaustivo - Facebook
Aprofunde-se no Assunto: Acesse o Documento do Processo
Para que toda a nossa comunidade entenda a gravidade da situação com total transparência, disponibilizamos a petição judicial na íntegra. Leia, analise e compreenda as estratégias usadas por essas empresas e a luta que está sendo travada nos tribunais para proteger nossos jovens.
[Link para Download do PDF do Processo 0708083-16.2024.8.07.0013]
Por Que a Luta Contra as BETs é Uma Causa do Povo Negro?
A ameaça das apostas online não atinge a todos da mesma forma. Para a comunidade negra e periférica, ela representa uma nova e poderosa ferramenta de aprisionamento e exploração financeira.
- Exploração da Vulnerabilidade Econômica: A promessa de "dinheiro rápido" é uma armadilha que se torna ainda mais sedutora para jovens que enfrentam o racismo estrutural e a falta de oportunidades no mercado de trabalho. As bets vendem uma ilusão de ascensão social que, na realidade, aprofunda o ciclo da dívida e da pobreza.
- Saúde Mental como Alvo: A população negra já enfrenta barreiras significativas no acesso à saúde mental. O vício em jogo, que gera ansiedade, estresse e depressão, agrava esse quadro, criando uma crise silenciosa dentro de nossas casas.
- Desvio do Foco na Educação: Como relatado no processo, jovens começam a questionar a necessidade de estudar, acreditando que podem "ganhar dinheiro" com apostas. Isso ataca diretamente a missão da EDUCAFRO, que vê na educação o caminho para a libertação e a construção de um futuro sólido e digno.
Como Todos Podem Ajudar a Proteger Nossa Comunidade
Esta luta é de todos nós. A EDUCAFRO Brasil convoca cada membro da nossa comunidade a se engajar ativamente:
- Debata em Comunidade: Converse sobre os perigos das apostas online com seus filhos, familiares, amigos e nos seus grupos da igreja, do bairro e da escola. A conscientização é a primeira linha de defesa.
- Denuncie a Publicidade Ilegal: Se você ver publicidade de "bets" sendo direcionada a crianças e adolescentes, especialmente por influenciadores, denuncie. Envie os casos para o e-mail: denunciasbets@educafro.org.br.
- Exija Responsabilidade: Pressione as autoridades e as empresas de tecnologia. As plataformas que lucram com anúncios e os influenciadores que promovem esses jogos precisam ser responsabilizados.
- Promova a Educação Financeira: Vamos ensinar aos nossos jovens sobre o valor do trabalho, do planejamento financeiro e os perigos do endividamento. O conhecimento é a melhor arma contra as falsas promessas.
Amplie Sua Visão: Referências Para Entender o Problema
Bibliografia:
- "Nação Dopamina: Por que o excesso de prazer está nos deixando infelizes e o que podemos fazer para mudar" – Dra. Anna Lembke. Essencial para entender como o vício funciona no cérebro e a busca incessante por estímulos na era digital.
- "Psicologia do Dinheiro" – Morgan Housel. Oferece uma visão clara sobre como nossas emoções e vieses influenciam nossas decisões financeiras, um conhecimento crucial para combater a lógica do jogo.
Audiovisual:
- "O Dilema das Redes" (Netflix): Documentário que expõe como os algoritmos das redes sociais são projetados para manipular o comportamento humano e gerar engajamento a qualquer custo, uma tática amplamente usada pelas casas de apostas.
- Reportagem do Fantástico sobre o "Jogo do Tigrinho": Busque por matérias investigativas que mostram o esquema por trás dos influenciadores e as consequências devastadoras para as vítimas desses jogos de azar.
Conclusão: Uma Luta Pela Vida e Pelo Futuro
A ação judicial contra a Pixbet é mais do que uma disputa legal; é um retrato da luta de Davi contra Golias. De um lado, corporações bilionárias com estratégias de marketing predatórias. Do outro, a sociedade civil organizada lutando para proteger o bem mais valioso que temos: nossas crianças e adolescentes.
Não podemos nos omitir. A omissão hoje custará o futuro de uma geração amanhã. A EDUCAFRO Brasil permanecerá na linha de frente, denunciando, mobilizando e exigindo justiça. Convocamos você a se juntar a nós. A proteção da nossa comunidade depende da ação de cada um.
"Identidade", de Jorge Aragão: A Letra que Desmascarou o Elevador Social do Brasil
"Identidade", de Jorge Aragão: A Letra que Desmascarou o Elevador Social do Brasil
A história da música brasileira é, em sua essência, uma história de resistência negra. Desde os batuques e cantos que ecoavam nas senzalas como forma de comunicação e sobrevivência, passando pela criação do samba nos quintais e terreiros do Rio de Janeiro como um ato de afirmação cultural, a musicalidade afro-brasileira sempre foi mais do que arte: foi uma ferramenta para lutar, denunciar e existir.
Dentro dessa poderosa linhagem, poucas canções conseguiram traduzir com tanta precisão e genialidade a complexidade do racismo no Brasil como "Identidade", de Jorge Aragão. Lançada no início dos anos 80, a música, conhecida como "Elevador", é um marco do samba como crônica social. Para nós, da Educafro, que trabalhamos pela educação como ferramenta de libertação, analisar esta letra é um exercício fundamental de letramento racial.
A Composição: A Dor Real que Virou Hino
A força de "Identidade" começa em sua origem: a canção nasceu de uma experiência real de racismo vivida por Jorge Aragão nos anos 70. Ao entrar no elevador social de um hotel, foi abordado por uma senhora branca que, presumindo ser ele o ascensorista, disparou o "elogio" que se tornaria o cerne da música: "Você é um preto de alma branca".
Essa frase é a síntese do racismo cordial: uma violência disfarçada de afeto, que elogia o indivíduo negro ao mesmo tempo em que rebaixa sua comunidade, tratando qualidades como educação como inerentemente brancas. Aragão, como herdeiro de uma tradição de cronistas do cotidiano, transformou essa dor em uma denúncia poética e universal.
Do Terreiro à MPB: O Samba Como Ferramenta de Denúncia
A canção de Aragão surge em um momento crucial. Enquanto a MPB dos anos 60 e 70, com gigantes como Gilberto Gil e Elza Soares, já incorporava a herança da música negra e trazia novas temáticas, o samba vivia sua própria revolução. Artistas como Jorge Aragão, parte da geração do Fundo de Quintal, sofisticaram a lírica do gênero, provando que o samba de raiz também era um espaço potente para a reflexão crítica, sem perder sua conexão com o povo.
"Identidade" se encaixa perfeitamente nessa trajetória histórica. Ela é a prova de que o samba, nascido como forma de resistência cultural nas comunidades negras do final do século XIX, continuava, quase cem anos depois, a cumprir seu papel de ser a voz de seu povo, denunciando as novas e velhas formas de opressão.
Diálogos e Conexões: "Identidade" na Encruzilhada da Arte Negra
A reflexão de Jorge Aragão não está isolada; ela dialoga com uma vasta produção cultural e intelectual negra.
- Pensadores: A letra ecoa o pensamento de Lélia Gonzalez, que teorizou sobre o "racismo por denegação", e Frantz Fanon em "Pele Negra, Máscaras Brancas", que dissecou a psicologia da assimilação. A metáfora do elevador é a representação perfeita do que Silvio Almeida define como Racismo Estrutural.
- Cinema e Legado: A cordialidade que esconde o terror, tema da música, é a mesma explorada em "Corra!". E a linhagem de denúncia e afirmação de "Identidade" não parou nos anos 80. A tocha foi passada para o rap, e hoje, quando ouvimos Emicida, Criolo ou Karol Conká, estamos ouvindo ecos da mesma coragem de Jorge Aragão: a de usar a música popular para dissecar as feridas do Brasil.
Para Aprofundar a Escuta: Um Guia de Referências
Compreender a profundidade de "Identidade" é uma jornada. Deixamos aqui um mapa com referências para quem deseja ir além.
Músicas:
- "A Carne" - Elza Soares
- "Olhos Coloridos" - Sandra de Sá
- "Capítulo 4, Versículo 3" - Racionais MC's
- "Boa Esperança" - Emicida
- "Isso Ninguém Me Tira" - Fundo de Quintal
Livros:
- "Pele Negra, Máscaras Brancas" - Frantz Fanon
- "Pequeno Manual Antirracista" - Djamila Ribeiro
- "Racismo Estrutural" - Silvio Almeida
- "Por um Feminismo Afro-Latino-Americano" - Lélia Gonzalez
Filmes:
- "A Negação do Brasil" (2000) - Dir. Joel Zito Araújo
- "AmarElo - É Tudo Pra Ontem" (2020) - Dir. Fred Ouro Preto
- "Doutor Gama" (2021) - Dir. Jeferson De
Podcasts:
- "Mano a Mano" (Spotify)
- "Angu de Grilo" (Flávia Oliveira e Isabela Reis)
- "Afetos" (Gabi Oliveira e Karina Vieira)
Exposições e Projetos:
- Museu Afro Brasil (São Paulo): Acervo essencial sobre a história e a arte negra.
- Projeto Afro (projetoafro.com): Plataforma de mapeamento de artistas negros contemporâneos.
Conclusão
"Identidade" não é um evento isolado, mas um brilhante capítulo no longo livro da resistência musical negra no Brasil. Ela nos mostra que, da senzala ao streaming, a luta é a mesma: pelo direito de existir, de ocupar espaços e de celebrar quem somos. Que a letra de Jorge Aragão sirva como ferramenta de debate e orgulho, reafirmando sempre: não nos ajuda, só nos faz sofrer, nem resgata nossa identidade.
Redação: Reprodução parcial do site Afro cultura: https://afrocultura.com.br/a-presenca-negra-na-musica-brasileira-uma-historia-de-resistencia-e-influencia/
EDUCAFRO NEWS edição: 1000 - Setembro 2025

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A edição comemorativa de número 1000 do **EDUCAFRO NEWS** já está disponível e repleta de informações cruciais para a comunidade negra. Este marco histórico do nosso jornal continua a missão de fortalecer e conectar nosso povo por meio de oportunidades de transformação.
Projeto Afro: O Quilombo Digital que Mapeia o Futuro da Arte Negra no Brasil
RUBEM VALENTIM SALVADOR (BA), 1922 - SÃO PAULO (SP), 1991
Em um país que, insistentemente, tenta apagar, restringir e desvalorizar as contribuições do povo negro, a arte sempre foi nosso campo de batalha e nosso refúgio. Mas como transformar a arte, que é a alma da nossa resistência, em sustento, carreira e legado? Como garantir que nossos artistas não sejam apenas celebrados postumamente, mas que possam viver de seu ofício, aqui e agora?
A resposta está na criação de nossas próprias estruturas. E uma das mais potentes ferramentas nessa construção é o Projeto Afro, uma plataforma afro-brasileira visionária dedicada ao mapeamento e difusão de artistas negros, negras e negres.
Para a Educafro, que luta diariamente pelo acesso à educação e ao mercado de trabalho, o Projeto Afro é mais do que um catálogo de arte. É uma estratégia de aquilombamento, uma ferramenta de emancipação econômica e um arquivo vivo que educa o Brasil sobre a potência de sua diáspora.
Ocupar a Justiça: Educafro Convoca Comunidade Negra e Estudantes de Direito para a Posse do Novo Presidente do STF
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A luta do povo negro por cidadania e justiça no Brasil passa, fundamentalmente, pelos corredores dos Três Poderes. O Supremo Tribunal Federal (STF), como guardião final da nossa Constituição, é um espaço de poder decisivo onde nossos direitos, duramente conquistados, são defendidos ou ameaçados. É por isso que a nossa presença lá não é apenas simbólica, é estratégica.
No próximo dia 29 de setembro, o STF terá uma nova liderança. O Ministro Edson Fachin tomará posse como seu novo Presidente, e o Ministro Alexandre de Moraes como Vice-Presidente. A Educafro Brasil entende a importância deste momento e, por isso, lança uma convocação nacional: vamos formar uma delegação representativa e potente para acompanhar esta cerimônia em Brasília.
Traços que Educam, Histórias que Libertam: A Revolução das Quadrinistas Negras da Periferia
Traços que Educam, Histórias que Libertam: A Revolução das Quadrinistas Negras da Periferia
No universo, por vezes tão branco e masculino, dos quadrinhos e da ilustração, uma revolução silenciosa e potente está em curso. Liderada por mulheres pretas e periféricas, essa revolução não usa armas, mas nanquim, canetas digitais e uma coragem imensa para contar as próprias histórias. Para a Educafro, que entende a educação como uma ferramenta de libertação, a arte dessas mulheres é uma sala de aula a céu aberto, um verdadeiro aquilombamento visual.
Elas transformam o cotidiano, as dores, as alegrias e os sonhos da mulher preta em arte que educa, que cura e que inspira. São cronistas de seu tempo, criando narrativas que por muito tempo nos foram negadas. Convidamos toda a comunidade Educafro a conhecer, seguir e, principalmente, fortalecer o trabalho dessas gigantes.
Atotô, Omolu! O Senhor da Terra, da Cura e da Resistência Cultural
Ilustraçõ da figura do orixá Omolu — Nathi de Souza/Arquivo/Alma Preta
Atotô, Omolu! O Senhor da Terra, da Cura e da Resistência Cultural
Neste mês de agosto, e com especial reverência hoje, dia 16, os terreiros de Candomblé e Umbanda se voltam para um dos Orixás mais respeitados e complexos de seu panteão: Omolu. Conhecido como o "Senhor da Terra", sua força rege os ciclos da saúde e da doença, da vida e da morte.
Em um tempo em que a saúde coletiva é pauta central, olhar para a sabedoria ancestral das religiões de matriz africana é um ato de reconhecimento e resistência. Como nos ensina o babalorixá e doutor em ciências sociais Rodney William, em entrevista ao Alma Preta Jornalismo, celebrar Omolu é evocar "o poder desse orixá para varrer da terra as dores, a peste e a maldade".
Nossa História Sob Ataque: Educafro Convoca a Comunidade Negra para Audiência Pública na Alesp
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Imagem originalmente publicada na página do perfil anpuh_sp
A Nação Educafro sabe que nenhuma de nossas conquistas veio sem luta. Cada vaga na universidade, cada avanço na lei, cada passo em direção a uma educação verdadeiramente libertadora foi resultado de mobilização, pressão e da força de nossa comunidade organizada. Hoje, uma dessas conquistas fundamentais está sob ataque, e nossa presença é, mais uma vez, indispensável.
No próximo dia 20 de agosto, às 14h30, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sediará uma audiência pública que pode parecer, à primeira vista, um debate para acadêmicos. O tema é a defesa da disciplina de História contra a censura, a redução de aulas e a perseguição a professores. Mas para nós, povo negro, o nome disso é outro: é a luta contra o apagamento da nossa própria história.