imagem: arte gerada por AI generative – 24/11/2025 – com finalidade ilustrativa para a chamada do artigo de consolidação de publicações que repercutiram sobre o assunto

A memória do povo negro não prescreve. Dezenove anos após a execução brutal de Jonas Eduardo Santos de Souza dentro de uma agência bancária no Rio de Janeiro, a Educafro Brasil e a OAB-RJ deram um passo histórico para garantir que a impunidade não seja a palavra final desta tragédia.

Nesta semana, protocolamos uma Ação Civil Pública (ACP) exigindo que o banco Itaú pague uma indenização de R$ 414 milhões por danos morais coletivos decorrentes de racismo estrutural e institucional.

Este caso, noticiado com destaque pela coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo e por diversos outros veículos de imprensa, não é apenas sobre o passado; é sobre o presente e o futuro da segurança e da dignidade de cada cidadão negro neste país.

O Caso Jonas: Quando a Cor da Pele Vira Alvo

 

Em dezembro de 2006, Jonas, um homem negro e cliente do banco, foi barrado na porta giratória de uma agência no centro do Rio. Para conseguir entrar, teve que provar sua condição de correntista ao gerente, mostrando seu cartão. O constrangimento, típico do perfilamento racial que sofremos diariamente, evoluiu para uma discussão com o vigilante. O desfecho foi fatal: Jonas foi executado com um tiro no peito dentro da agência.

O processo sustenta o óbvio ululante: a morte de Jonas não foi um acidente ou um “excesso” individual. Foi o resultado direto do racismo institucional que trata corpos negros como ameaças a serem neutralizadas.

Como bem ressaltou a matéria do portal Migalhas:

“A morte de Jonas não foi um acidente, um desvio, um ponto fora da curva. Foi, em verdade, a consequência previsível e a manifestação mais aguda de um fenômeno que permeia e organiza a sociedade brasileira: o racismo estrutural.”

A Tese Jurídica: Racismo Não Caduca

 

Nossa ação traz uma tese jurídica potente e necessária: pedimos à Justiça que declare a imprescritibilidade da reparação civil por racismo. Se a Constituição Federal (Art. 5º) já define o crime de racismo como inafiançável e imprescritível na esfera penal, a reparação pelos danos causados por esse crime também não deve ter prazo de validade.

Como afirmou Frei David Santos, diretor-presidente da Educafro, em entrevista à Folha de S.Paulo:

“A medida serve para mostrar a toda população do país que o racismo é um crime imprescritível e inaceitável.”

Não aceitaremos que o tempo apague a dor ou isente as grandes corporações de sua responsabilidade.

O Valor da Vida e o Investimento no Futuro

 

O valor de R$ 414 milhões não é aleatório: ele corresponde a 1% do lucro do Itaú em 2024. É uma quantia pedagógica, para que o mercado entenda que o racismo custa caro.

Mais importante do que a punição é a destinação desses recursos. Se vitoriosa, a ação garantirá que o dinheiro retorne para a comunidade que foi ferida:

  • 80% do valor será destinado a programas de bolsas de permanência estudantil para jovens negros pobres, garantindo que eles não apenas entrem, mas se formem na universidade.

  • 20% do valor financiará a compra de computadores e cursos de formação tecnológica e profissional para a população afro-brasileira.

Mudança Estrutural: Exigências Além do Dinheiro

 

A Educafro não quer apenas reparação financeira; queremos mudança de cultura. A ação exige que o Itaú implemente medidas obrigatórias, como:

  • Treinamento antirracista anual para 100% dos funcionários;

  • Revisão completa dos protocolos de segurança e portas giratórias;

  • Criação de um canal independente de denúncias;

  • Campanhas públicas de conscientização sobre igualdade racial.

Em resposta, o Itaú Unibanco afirmou em nota que “não teve acesso à ação” e que “repudia veementemente qualquer forma de violência, racismo ou discriminação”. Nós, no entanto, continuaremos a usar a lei para garantir que esse repúdio se transforme em reparação concreta.

Esta ação é um aviso: a vida negra importa, ontem, hoje e sempre. E nós cobraremos cada centavo da dívida histórica.


Acompanhe esta e outras lutas: Acesse: allmylinks.com/educafro


Com informações de O Globo, Folha de S.Paulo, O Tempo, JuriNews e Bahia Notícias.

Repercusão:

Portal “O Tempo”

O TEMPOBrasil Educafro e OAB pedem indenização coletiva de R$ 414 mi ao Itaú por morte de cliente negro Indenização representaria 1% do lucro de 2024 do banco e maior parte do valor seria destinada a jovens pobres e afro-brasileiros que enfrentam dificuldades
O TEMPO Brasil Educafro e OAB pedem indenização coletiva de R$ 414 mi ao Itaú por morte de cliente negro Indenização representaria 1% do lucro de 2024 do banco e maior parte do valor seria destinada a jovens pobres e afro-brasileiros que enfrentam dificuldades – https://www.otempo.com.br/brasil/2025/11/20/educafro-e-oab-pedem-indenizacao-coletiva-de-r-414-mi-ao-itau-por-morte-de-cliente-negro noopener

Portal “JURINews”

OAB-RJ e Educafro pedem indenização coletiva de R$ 414 milhões ao Itaú por morte de cliente negro dentro de agência – https://jurinews.com.br/destaque-nacional/oab-rj-e-educafro-pedem-indenizacao-coletiva-de-r-414-milhoes-ao-itau-por-morte-de-cliente-negro-dentro-de-agencia/ noopener

 

Portal “Migalhas”

Entidades pedem R$ 414 milhões ao Itaú por morte de cliente negro em agência Na ação civil pública, OAB/RJ e Educafro afirmam que a morte de Jonas em 2006 expõe o racismo estrutural e exige a adoção de medidas antirracistas obrigatórias em todas as agências do banco. Epa! Vimos que você copiou o texto. Sem problemas, desde que cite o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/444906/entidades-pedem-r-414-milhoes-ao-itau-por-morte-de-cliente-negro

Portal “O Globo”

Ação pede que Itaú pague indenização milionária por caso de racismo ocorrido há 19 anosPor Pâmela Dias
Ação pede que Itaú pague indenização milionária por caso de racismo ocorrido há 19 anos Por Pâmela Dias – https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-jardim/post/2025/11/acao-pede-que-itau-pague-indenizacao-milionaria-por-caso-de-racismo-ocorrido-ha-19-anos.ghtml

 

Portal “Folha”

Educafro e OAB pedem indenização coletiva de R$ 414 mi ao Itaú por morte de cliente negroOUTRO LADO: Instituição diz que ainda não teve acesso a ação e que compromisso com a promoção da diversidade e inclusão é permanente Segundo organização, ação visa mostrar que racismo é crime imprescritível e inaceitável na sociedade; crime ocorreu em 2006
Educafro e OAB pedem indenização coletiva de R$ 414 mi ao Itaú por morte de cliente negro OUTRO LADO: Instituição diz que ainda não teve acesso a ação e que compromisso com a promoção da diversidade e inclusão é permanente Segundo organização, ação visa mostrar que racismo é crime imprescritível e inaceitável na sociedade; crime ocorreu em 2006 – https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/11/educafro-e-oab-pedem-indenizacao-coletiva-de-r-414-mi-ao-itau-por-morte-de-cliente-negro.shtml

 

Entidades pedem R$ 414 milhões ao Itaú por morte de cliente negro 11/21/2025 – https://rodrigoportugaladvocacia.com/entidades-pedem-r-414-milhoes-ao-itau-por-morte-de-cliente-negro/

 

OAB-RJ e Educafro pedem indenização coletiva de R$ 414 milhões ao Itaú por morte de cliente negro – https://diariodepetropolis.com.br/integra/oab-rj-e-educafro-pedem-indenizacao-coletiva-de-r-414-milhoes-ao-itau-por-morte-de-cliente-negro-35514

 

Ação pede que Itaú pague indenização milionária por caso de racismo ocorrido há 19 anos por Assessoria de Imprensa 22 de novembro de 2025 – https://www.alsonews.com.br/acao-pede-que-itau-pague-indenizacao-milionaria-por-caso-de-racismo-ocorrido-ha-19-anos/

 

Redação: Este artigo não expressa falas, posicionamento ou práticas da Educafro Brasil, este artigo figura apenas o consolidado de artigos que repercutiram o assunto nas midias