Até quando nossos nomes, nossa cultura e nossa história serão vistos como "estranhos"?
Nossos nomes carregam nossa história, mas o sistema insiste em tentar apagá-la.
Em Belo Horizonte, um casal negro luta na justiça pelo direito de registrar sua filha com o nome Tumi Mboup. Para o cartório, o nome que honra a ancestralidade africana foi considerado "incomum".
Isso não é sobre um nome. É sobre o direito à nossa identidade.
✊🏾 Assista e compartilhe. A luta de Fábio e Kelly é a nossa luta.
Diário de um Massacre, Sobrevivendo à Injustiça: O Carandiru, os Racionais e a Luta que Não Acabou
são paulo, 1 de outubro de 1992.
O ar está pesado. Mais um dia, como diz o poeta da canção que ainda não foi escrita, “sob o olhar sanguinário do vigia”. O cheiro de morte ronda os pavilhões superlotados, um pressentimento que se mistura ao odor de esgoto e desespero. Lá fora, o país se prepara para eleições municipais. Aqui dentro, a única eleição é entre a sobrevivência e a loucura. A tensão é uma navalha. Ninguém sabe, mas a história se prepara para parir um de seus monstros. Este é o diário da véspera.




