E aí, família! Firmeza?

A gente sabe que a caminhada é longa e o bagulho é sério. Todo dia, a gente liga a TV ou abre a internet e a notícia tá lá: mais um dos nossos tombou. Mais uma mãe chorando, mais uma família destruída. Dizem que é “guerra às drogas”, mas a gente sabe qual é a cor e o CEP que tão na mira. É uma guerra contra nós. Chamam de “auto de resistência”, a gente chama pelo nome certo: genocídio.

Mas se o sistema tá organizado pra nos derrubar, a gente se organiza pra resistir, pra viver e pra vencer. E a maior arma nessa luta é a informação. É saber quem somos, o que tão fazendo com a gente e, o mais importante, o que a gente pode fazer pra virar esse jogo.

Se liga nesse guia que a gente montou. É pra ler, pra guardar, pra passar adiante no zap da família, no grupo do cursinho, na roda de conversa. É pra gente se fortalecer.

 

DADOS QUE ESCANCARAM A REALIDADE (A FOTO DO NOSSO CORRE)

 

Os números não mentem. Eles gritam a urgência da nossa luta:

  • Anuário Brasileiro de Segurança Pública: Ano após ano, os dados mostram a mesma coisa. Cerca de 80% das pessoas mortas pela polícia no Brasil são negras. Isso não é coincidência, é projeto.
  • Atlas da Violência (IPEA): Um jovem negro tem quase 3 vezes mais chances de ser assassinado do que um jovem branco. A cada 23 minutos, um jovem negro é morto no Brasil. Pensa nisso. É o tempo de um episódio daquela série que você gosta.
  • Encarceramento em Massa: Mais de 67% da população carcerária do Brasil é negra. Muitos estão presos sem julgamento, pegos numa lei que a gente vai falar agora.

 

A LEI QUE NOS ENCARCERA E A LUTA PRA DERRUBAR

 

  • Lei nº 11.343/2006 (A “Lei de Drogas”): Essa é a principal ferramenta legal do genocídio. Ela não diz a quantidade que diferencia um usuário de um traficante. Na prática, o que acontece? Se você é branco e rico, é usuário. Se você é preto e pobre, com a mesma quantidade, é traficante. É uma lei que dá poder pra polícia decidir quem prender com base na cor da pele e no endereço. Por isso, a nossa luta é pela revogação dessa lei!
  • ADPF 635 (A “ADPF das Favelas”): Uma vitória importante! Foi uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que, durante a pandemia, conseguiu limitar as operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro. Mostrou que quando a gente se organiza, a gente consegue frear a máquina de matar. A luta é pra que essa decisão seja permanente e se espalhe pelo Brasil inteiro.

 

CRIAÇÕES E MOBILIZAÇÕES QUE NOS FORTALECEM (NOSSO AQUILOMBAMENTO)

 

A gente não fica parado esperando. A gente cria, a gente marcha, a gente faz barulho:

 

A LETRA QUE LIBERTA: LIVROS E ARTIGOS PRA AFIAR A MENTE

 

Conhecimento é poder, tá ligado? Pra entender o tamanho da briga, a gente precisa ler e estudar quem já pensou sobre isso antes de nós.


 

E AGORA? O QUE A GENTE FAZ? PRA ONDE VAMOS?

 

Beleza, a gente já entendeu o tamanho do problema e viu quem tá na luta. Mas e você? E eu? E nós? A mudança começa no nosso metro quadrado, na nossa comunidade. O futuro da nossa gente amefricana depende do nosso corre hoje.

  1. SE AQUILOMBAR É PRECISO: Ninguém solta a mão de ninguém. Procure o coletivo negro do seu bairro, da sua escola, da sua faculdade. Se não tiver, junte uns amigos e crie um! Participe das atividades da Educafro, dos cursinhos populares. Juntos, a gente é mais forte pra trocar ideia, pra se proteger e pra agir.
  2. FISCALIZAR O PODER: Fique de olho no que os vereadores e deputados da sua cidade e estado estão fazendo. Eles votam as leis de segurança! A gente precisa pressionar, cobrar um posicionamento. Não deixe eles esquecerem que trabalham pra gente.
  3. ESPALHAR A PALAVRA: Converse sobre esse assunto. Com sua mãe, seu pai, seus amigos, na igreja, no futebol. Muita gente não entende a gravidade do genocídio negro. Use os dados que a gente mostrou aqui. Compartilhe essa página. Nossa voz é uma arma poderosa.
  4. LEITURA É MUNIÇÃO: Leia os livros que a gente indicou. Procure vídeos no YouTube de gente como Silvio Almeida, Djamila Ribeiro, Sueli Carneiro. Conhecimento te prepara pro debate e te dá base pra lutar.
  5. FORTALECER OS NOSSOS: Apoie os projetos e empreendedores da comunidade. Um terreiro que faz um trabalho social, a tia que vende bolo no bairro, o grafiteiro que colore nosso muro. Quando nossa comunidade é economicamente forte, ela se torna mais segura.

A luta é longa, mas a gente já nasceu nela. Por nós, por quem veio antes e por quem ainda vai chegar. Pelo nosso direito de existir, de sonhar e de viver bem.

A gente quer mais do que sobreviver. A gente quer VIVER!

Axé!

 

 

“Redação: Este artigo é um consolidado de fontes de informação relacionadas ao tema proposto, não representando falas, citações, posicionamento ou práticas da entidade Educafro Brasil”