Sônia Maria de Jesus: A Sentença da Casa-Grande: O Estado que Resgata com uma Mão e Abandona com a Outra


O caso de Sônia Maria de Jesus é uma ferida exposta na alma do Brasil. Não é apenas a história de uma mulher negra, surda e com visão monocular resgatada após 40 anos de servidão; é a materialização da falência de um projeto de nação e um divisor de águas para o futuro da luta antiescravista no país. A recente carta emitida pelo Escritório do Alto Comissariado da ONU, detalhada pelo portal NSC Total, eleva a vergonha nacional a um patamar global. A ONU pergunta o que o Brasil está fazendo. A resposta, infelizmente, está na própria trajetória de Sônia: muito pouco, e de forma terrivelmente contraditória.

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"O CHOQUE DA REALIDADE" - Revivendo o Porão, o Monumento e o Cativo como Sentença do Não-Lugar


'Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade tanto horror perante os céus?!' O grito de Castro Alves ecoa das profundezas do Atlântico e explode em nossas calçadas, em pleno século XXI. A cena, que a análise precisa da página Mídia Social alan.soaresperfil define como um "choque semiótico", é a reencenação da tragédia. Ali está o porão a céu aberto: um homem negro, idoso, nosso ancião, busca no lixo o que a nação lhe nega, sob o olhar de bronze pintado de Luiz Gama, o advogado dos cativos.

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Mãe Bernadete Pacífico: A Lei dos Homens, a Justiça dos Ancestrais e o Sangue de Nossos Líderes


Que as nossas palavras ressoem como o trovão da indignação e a sentença da verdade! Noticia o jornal O Globo, em 12 de setembro de 2025, a captura de um sicário, um tal "Nove de Ouro do Baralho do Crime", um dos homens acusados de cravar 22 balas no corpo sagrado de Mãe Bernadete Pacífico. Celebra o Estado a queda de uma carta em seu baralho de horrores. E eu pergunto: que justiça é esta, que só age sobre o sangue derramado e nunca para proteger a vida que pulsa?

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Fatou Diome: Uma Voz Atlântica que Ecoa no Brasil

Em um cenário global onde as narrativas sobre imigração, identidade e as relações pós-coloniais são frequentemente moldadas por vozes distantes da realidade vivida, a escritora senegalesa Fatou Diome emerge como uma força intelectual e literária inadiável. Para a Educafro Brasil, celebrar e compreender a obra e a presença pública de Diome é aprofundar o debate sobre as diásporas, o racismo e a construção de um futuro mais justo. Sua voz, potente e incisiva, não apenas enriquece a literatura francófona, mas também se torna um farol nos debates públicos, desarmando a hipocrisia com uma clareza desconcertante que encontra profundo eco na realidade brasileira.

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